Mensagem de boas vindas


segunda-feira, 30 de junho de 2014

AO SALVAR-NOS

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AO SALVAR-NOS
“Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.”
(MARCOS, 15: 30)

Esse grito de ironia dos homens maliciosos continua vibrando através dos séculos.
A criatura humana não podia compreender o sacrifício do Salvador. A Terra apenas conhecia vencedores que chegavam brandindo armas, cobertos de glórias sanguinolentas, heróis da destruição e da morte, a caminho de altares e monumentos de pedra.
Aquele Messias, porém, distanciarse do padrão habitual. Para conquistar, dava de si mesmo; a fim de possuir, nada pretendia dos homens para si próprio; no propósito de enriquecer a vida, entregavase à morte.
Em vista disso, não faltaram os escarnecedores no momento extremo, interpelando o Divino Triunfador, com mordaz expressão.
Nesse testemunho, ensinounos o Mestre que, ao nos salvarmos, no campo da maldade e da ignorância ouviremos o grito da malícia geral, nas mesmas circunstâncias.
Se nos demoramos colados à ilusão do destaque, se somos trabalhadores exclusivamente interessados em nosso engrandecimento temporário na esfera carnal, com esquecimento das necessidades alheias, há sempre muita gente que nos considera privilegiados e vitoriosos; se ponderamos, no entanto, as nossas responsabilidades graves no mundo, chamanos loucos e, quando nos surpreende em experiências culminantes, revestidas da dor sagrada que nos arrebata a esferas sublimes, passa junto de nós exibindo gestos irônicos e, recordando os altos princípios esposados por nossa vida, exclama, desdenhosa: — “Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.”

MINHA REFLEXÃO
Salvar-se em detrimento de nossa elevaão é uma inclinação às trevas exteriores; é cair no ranger de dentes.
Jesus deu um claro exemplo de convicção em relação ao que veio pregar. Foi  tentado inúmeras vezes, mas não cedeu às tentações que, geralmente, cotidianamente, facilmente nós cedemos em função de nossa imperfeição moral.
Sabemos que estamos nesse mundo para sermos provados, ou expiados, com vistas ao progresso espiritual. Então, sejamos vigilantes às tentações de extravazarmos nosso orgulho e egoísmo.
            Se quisermos nos salvar, que sejamos caridosos, pois segundo a  compreensão de Allan Kardec sobre os ensinamentos dos Espírios Superiores,  "não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação" (O Evangelho Seg. o Espiritismo, Cap. XV, item 5).
            Também, antes da cruz, o Cristo foi fiel ao seu ensinamento e quando esteve  no madeiro, nos disse:
Chamando para perto de si o povo e os discípulos, disse-lhes: “Se alguém quiser vir nas minhas pegadas, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me; porquanto, aquele que se quiser salvar a si mesmo, perder-se-á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho se salvará.” — Com efeito, de que serviria a um homem ganhar o mundo todo e perder-se a si mesmo? (Marcos, 8:34 a 36; Lucas, 9:23 a 25; Mateus, 10:38 e 39; João, 12:25 e 26.)
            Então, que possamos seguir o Cristo, independente do que teremos que assumir por causa disso e salvemos, desse modo, nossa vida espiritual.
            Que Deus nos ajude.

            Domício.

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